tag:blogger.com,1999:blog-58018906040171321422024-03-12T18:22:34.355-07:00IPSY's - Instituto de Psicologia e NeuropsicologiaIPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia (www.ipsys.pt)http://www.blogger.com/profile/12099645423208167893noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-5801890604017132142.post-26827376377722829972011-06-09T07:01:00.000-07:002011-06-09T07:01:34.273-07:00Curso de especialização em RORSCHACH (Teste de personalidade e funcionamento emocional)<strong></strong><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXxlyEQk_zuHUDsuIizlUNqgLViGjQX6KarcJjeAaWbxSz0tI9ORMroSx9k7-EB8g64v8nJg4qDj2ArnmLjYWzgECXty4F5uEKfbJWjjTB1mYP1TdFRYZSIpZj6fatrYI0TGsHnarm5ptV/s1600/Rorschach_placas_Capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXxlyEQk_zuHUDsuIizlUNqgLViGjQX6KarcJjeAaWbxSz0tI9ORMroSx9k7-EB8g64v8nJg4qDj2ArnmLjYWzgECXty4F5uEKfbJWjjTB1mYP1TdFRYZSIpZj6fatrYI0TGsHnarm5ptV/s320/Rorschach_placas_Capa.jpg" width="224" /></a></div><strong>Destinatários:</strong> Psicólogos, Psicoterapeutas, Finalistas de Psicologia.<br />
<br />
<strong>Objectivos:</strong><br />
No âmbito da profissionalização em avaliação psicológica, visamos a formação especializada de profissionais de Psicologia, dotando-os de competências teórico-práticas na utilização e interpretação do Teste de Rorschach no Sistema Interpretativo de John Exner. Esta formação aborda todos os passos da utilização deste teste, incluindo a última actualização existente ao nível da codificação e interpretação: a de 2001/2003.<br />
<br />
Procuramos especializar os formandos neste que é um dos instrumentos de avaliação psicológica mais utilizados a nível mundial. Assim, pretende-se que o formando domine este instrumento de trabalho que só trará benefícios no exercício da sua prática profissional.<br />
<br />
Aplicar, codificar e interpretar correctamente o Rorschach é fundamental para uma intervenção mais ajustada às necessidades do paciente. Logo, este curso visa o aperfeiçoamento na técnica de aplicação do teste; o ajustamento na codificação; o olhar clínico na interpretação e a devolução dos resultados ao paciente.<br />
<br />
<strong>Metodologia:</strong><br />
Exposição e análise teórico-prática com apresentação e exploração de casos práticos, resolução de exercícios e exploração de protocolos de casos reais.<br />
Os alunos também poderão apresentar os seus próprios protocolos para exploração e esclarecimento de dúvidas.<br />
<br />
<strong>Formadora:</strong><br />
Dra. Sílvia Silva – Psicóloga Clínica, Ludoterapeuta, Psicoterapeuta e Neuropsicóloga.<br />
* <u>Certificada pela APA</u>-American Psychological Association, através do Rorschach Training Program;<br />
<u>Membro da "International Society of the Rorschach</u> and Projective methods" e Delegada dos seus Membros Individuais Internacionais;<br />
Membro da APA - American Psychological Association;<br />
Membro da APA (Division 12) - Society of Clinical Psychology<br />
Membro da SPA - Society for Personality Assessment<br />
Membro da SPP - Sociedade Portuguesa de Psicologia<br />
Membro da SPPC - Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica<br />
Membro Efectivo da Ordem dos Psicólogos<br />
Pós-graduada em Consulta Psicológica, Psicoterapia e Avaliação Psicológica;<br />
Pós-graduada em Neuropsicologia Clínica;<br />
Doutoranda em Psicologia na Universidade da Extremadura, no âmbito do "Desenvolvimento e Intervenção Psicológica".<br />
<br />
<strong>Conteúdos: </strong><br />
<ul><li> Contextualização e evolução histórica do teste de Rorschach,</li>
<li> O Setting apropriado,</li>
<li> As questões éticas e deontológicas,</li>
<li> Os procedimentos na aplicação do teste de Rorschach,</li>
<li> As variáveis envolvidas, </li>
<li> Codificação das respostas pelo Sistema Interpretativo de John Exner,</li>
<li> Elaboração do sumário estrutural,</li>
<li> Interpretação dos dados obtidos,</li>
<li> Elaboração do respectivo relatório,</li>
<li> Devolução dos resultados,</li>
<li> Integração dos resultados no âmbito da bateria de testes aplicada,</li>
<li> Avaliação contínua de casos práticos através de supervisão.</li>
</ul><strong>Material: </strong><br />
Em cada aula será entregue material de apoio pertinente para a aprendizagem em curso.<br />
<br />
<strong>Duração:</strong><br />
Total de 37 horas, em aulas semanais de 7h30 cada.<br />
<br />
<strong><span style="background-color: #ccccff;"><u>Datas:</u></span></strong><br />
<span style="background-color: white;"><span style="background-color: #ccccff;"><strong><strong>25 de Junho, 2, 9, 29 e 30 de Julho de 2011</strong></strong></span></span><br />
<strong><span style="background-color: #ccccff;">Para Actualização:</span></strong><br />
<strong><span style="background-color: #ccccff;"><span style="background-color: white;"><span style="background-color: #ccccff;"><strong>5 e 6 de Agosto de 2010</strong></span></span></span></strong><br />
<br />
<strong>Horário:</strong><br />
Das 9h30 às 13h00 e das 14h00 às 18h00<br />
<strong>Inscrições Limitadas:</strong><br />
25 Formandos por turma<br />
<br />
<u><strong>Preços:</strong></u><br />
<br />
<strong>Até 20 de Junho - Curso Completo</strong><br />
Profissionais: 530€<br />
Estudantes: 490€<br />
<br />
<strong>Até 20 de Junho - Só Actualização</strong><br />
Profissionais e Estudantes: 300€<br />
Após 20 de Junho estes valores serão acrescido de 50€<br />
<br />
<strong><u>Os colegas que pretendam inscrever-se apenas nas aulas de actualização também poderão fazê-lo desde já. </u></strong><br />
<br />
A participação apenas nas aulas de actualização implica um conhecimento prévio da utilização, codificação e interpretação do Rorschach.<br />
<br />
<strong>Pagamento:</strong><br />
Faça o pagamento em simultâneo com a sua inscrição. Esta só será válida após o mesmo.<br />
O pagamento da formação terá de ser efectuado, na sua totalidade, antes do seu início.<br />
A vaga só ficará garantida após o respectivo pagamento.<br />
<br />
<strong>Formas de Pagamento: </strong><br />
<em><u>Transferência bancária</u></em><br />
NIB: 0079 0000 4129 1359 1017 1 - Banco Português de Negócios<br />
Por favor envie o comprovativo da mesma por email para <a href="mailto:geral@ipsys.pt">geral@ipsys.pt</a><br />
<br />
<em><u>Cheque</u></em><br />
À ordem de IPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia<br />
Deve enviar o cheque junto com a sua inscrição por correio para a morada abaixo indicada.<br />
<br />
<em><u>Vale postal</u></em><br />
Para IPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia<br />
Av. 22 de Maio, nº 24, 1º Andar - Sala 12<br />
Nova Leiria<br />
2415-396 Leiria. <br />
<br />
<strong>Certificado:</strong><br />
Será entregue um certificado de participação do final do curso, desde que o formando frequente, pelo menos, 90% das aulas, uma vez que se trata de formação presencial.<br />
<br />
<strong>Documentos comprovativos de Habilitações:</strong><br />
Fotocópia do BI,<br />
Fotocópia do Certificado de Habilitações ou da cédula profissional,<br />
Declaração de frequência do último ano da licenciatura ou cartão de estudante.<br />
<br />
<strong>Local de realização:</strong><br />
IPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia<br />
Av. 22 de Maio, nº 24, 1º Andar – Sala 12 – Nova Leiria (Leiria)<br />
Em caso de desistência, só haverá lugar a reembolso quando for comunicada até 8 dias antes da realização da formação.<br />
No caso de não atingir o número mínimo de participantes, este curso poderá sofrer alteração de datas ou, eventualmente, ser cancelado. Contudo, se assim for, fica salvaguardada a devolução de todos os valores de inscrição recebidos pelo IPSY's.<br />
<br />
<strong>Nota:</strong><br />
Tendo em conta que todas as inscrições recebidas implicam custos de gestão das mesmas para o IPSY's, solicitamos que adopte uma postura responsável no momento em que decidir inscrever-se em alguma das nossas formações ou worshops. Isto é, inscreva-se apenas se realmente pretender frequentar a acção de formação em causa (formação, worshop ou sessão temática).<br />
Agradecemos desde já o seu contributo para a prestação de um serviço de qualidade.<br />
<br />
<dt><label for="a18">Para se inscrever envie-nos um email para <a href="mailto:formacao@ipsys.pt">formacao@ipsys.pt</a> com os dados seguintes:</label></dt><br />
<dt><label for="a18">Nome</label></dt><br />
<dt><label for="a19">Morada</label></dt><br />
<dt><label for="a20">Telefone/Telemóvel </label></dt><br />
<dt><label for="a21">E-mail</label></dt><br />
<dt><label for="a22">Habilitações Literárias</label></dt><br />
<dt><label for="a23">Horário</label></dt><br />
<dt><label for="a89">Contribuinte</label></dt><br />
<dt><label for="a95">Comprovativo Pag</label></dt><br />
<dt><label for="a96">Data do comprovativo</label></dt><br />
<dt><label for="a97">Valor do comprovativo</label></dt><br />
<br />
<label for="a97">Assim que recebermos a sua inscrição entraremos em contacto consigo para a confirmar.</label><br />
<label for="a97">Para esclarecer dúvidas ou colocar questões poderá contactar-nos para os nº 244 837 125 ou 966 914 359</label><br />
<br />
<label for="a97">A Equipa IPSY's</label><br />
<dd> </dd>IPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia (www.ipsys.pt)http://www.blogger.com/profile/12099645423208167893noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5801890604017132142.post-48646102172933873662011-05-30T09:22:00.000-07:002011-05-30T09:22:27.247-07:00Agora também estamos Abertos ao Sábado!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8R0O7y87qwKZA2IryBaSifukbFkeAb5xvDgnES9mMxVNZIs4phzUSDw9E9zrg0WHoueN7sLp9AAoiXzxFX4CoUM0vJ9qELg0b-KVGPaix2RRkDi1gfPpMa5KwsMRdzTzQr6NUHHf3KrOx/s1600/Post+it+abertos+ao+s%25C3%25A1bado+copy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8R0O7y87qwKZA2IryBaSifukbFkeAb5xvDgnES9mMxVNZIs4phzUSDw9E9zrg0WHoueN7sLp9AAoiXzxFX4CoUM0vJ9qELg0b-KVGPaix2RRkDi1gfPpMa5KwsMRdzTzQr6NUHHf3KrOx/s320/Post+it+abertos+ao+s%25C3%25A1bado+copy.jpg" width="284" /></a></div>Uma das últimas NOVIDADES no IPSY's:<br />
<br />
Porque, por vezes, durante a semana as solicitações são tantas, e nem sempre se tem tempo para poder cuidar de si próprio(a) ou dos seus, o IPSY's acaba de criar mais uma forma de estar mais disponível para si. <br />
Por isso, agora ESTAMOS ABERTOS AOS SÁBADOS!<br />
<br />
Se não tem tempo para marcar a sua consulta durante a semana, tem agora a oportunidade de a marcar ao sábado. <br />
<br />
Esperamos com esta iniciativa poder contribuir para facilitar a sua organização, para que possa, assim, cuidar da sua saúde mental.<br />
<br />
Para saber qual a disponibilidade de horários para o sábado sugerimos que nos possa contactar através das seguintes formas:<br />
<br />
Tel: 244 837 125<br />
Telm: 966 914 359<br />
Email: <a href="mailto:marcacao@ipsys.pt">marcacao@ipsys.pt</a><br />
site: <a href="http://www.ipsys.pt/">www.ipsys.pt</a>IPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia (www.ipsys.pt)http://www.blogger.com/profile/12099645423208167893noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5801890604017132142.post-91986918273909677432011-05-06T03:54:00.000-07:002011-05-06T03:54:10.940-07:00Bolsas IPSY's<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJmcll3J4hY1eeYoYo9Vs7soXKTULg4oG2Vo02keH1ApYF09gcSjLvesud9wfm_0CDQZscxsQVchyphenhyphenjtKOltwiZCJMUW17NJHjwt3XzRJ93L7Oz0xKovo828czvDMOPkZ89q4j_RpKAKRA-/s1600/solidariedade+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJmcll3J4hY1eeYoYo9Vs7soXKTULg4oG2Vo02keH1ApYF09gcSjLvesud9wfm_0CDQZscxsQVchyphenhyphenjtKOltwiZCJMUW17NJHjwt3XzRJ93L7Oz0xKovo828czvDMOPkZ89q4j_RpKAKRA-/s1600/solidariedade+2.jpg" /></a></div><br />
As <strong>Bolsas IPSY's</strong> surgem num contexto de ajuda social e de responsabilidade social, afim de permitir o acesso às consultas de psicologia a quem, neste momento sócio-económico difícil, se encontra em situação precária, nomeadamente no desemprego ou num momento de carência financeira extrema.<br />
Porque entendemos que todos têm o direito de usufruir de uma ajuda profissional de qualidade nos cuidados de saúde, especialmente ao nível do apoio psicológico, a equipa de técnicos do IPSY's disponibiliza-se a contribuir para minimizar estas situações de carência temporária criando as <strong>Bolsas IPSY's</strong>. Assim, nestes casos, adequamos o valor das consultas à dificuldade apresentada.<br />
Tendo em conta o esforço desta equipa técnica para este contributo, haverá, para o atendimento nestas situações, um número limitado de pacientes a usufruirem deste serviço em simultâneo.<br />
<br />
As <strong>Bolsas IPSY's</strong> terão de ser aprovadas mediante a análise da situação de cada paciente.<br />
<br />
Consulte as <a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=fbd7939d674997cdb4692d34de8633c4&id=8d34201a5b85900908db6cae92723617" target="_blank">condições de acesso às <strong>Bolsas IPSY's</strong></a>.<br />
<br />
As várias <strong>Bolsas IPSY's</strong> que disponibilizamos em função da situação são:<br />
- <a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=07e1cd7dca89a1678042477183b7ac3f&id=5680522b8e2bb01943234bce7bf84534" target="_self">A Bolsa IPSY's Care</a><br />
- <a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=eb160de1de89d9058fcb0b968dbbbd68&id=36a1694bce9815b7e38a9dad05ad42e0" target="_self">A Bolsa IPSY's Família</a><br />
- <a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=93db85ed909c13838ff95ccfa94cebd9&id=eb6fdc36b281b7d5eabf33396c2683a2" target="_self">A Bolsa IPSY's Académica</a><br />
- <a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=92cc227532d17e56e07902b254dfad10&id=678a1491514b7f1006d605e9161946b1" target="_self">A Bolsa IPSY's Social</a><br />
- <a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=8613985ec49eb8f757ae6439e879bb2a&id=e205ee2a5de471a70c1fd1b46033a75f" target="_self">A Bolsa IPSY's Desempregado</a><br />
- <a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=4c56ff4ce4aaf9573aa5dff913df997a&id=4f284803bd0966cc24fa8683a34afc6e" target="_self">A Bolsa IPSY's Sénior</a><br />
- <a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=f033ab37c30201f73f142449d037028d&id=605ff764c617d3cd28dbbdd72be8f9a2" target="_self">A Bolsa IPSY's Solidariedade</a><br />
<br />
Se este é o seu caso, fale connosco.<br />
O seu bem-estar emocional é uma prioridade!<br />
<br />
Se, por acaso, chegou até esta página e ficou sensibilizado com as necessidades destas pessoas e quer ajudar, o seu contributo será sempre muito bem vindo!<br />
<br />
Caso possa ajudar, <strong>seja SOLIDÁRIO com esta causa </strong>e contribua com o seu donativo para que as Bolsas IPSY's tenham cada vez mais condições de beneficiar mais pessoas carenciadas. <a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=f033ab37c30201f73f142449d037028d&id=605ff764c617d3cd28dbbdd72be8f9a2"> Para saber como contribuir com o seu donativo para esta causa clique aqui</a>.<br />
<br />
Para nos contactar:<br />
Email: <a href="mailto:geral@ipsys.pt">geral@ipsys.pt</a><br />
Tel: 244 837125<br />
Telm: 966 914 359<br />
<span style="font-size: xx-small;">Nota: As situações acima expostas carecem de comprovativo da carência económica.</span>IPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia (www.ipsys.pt)http://www.blogger.com/profile/12099645423208167893noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5801890604017132142.post-73427611221902969142011-04-28T07:30:00.000-07:002011-04-28T07:30:08.798-07:00Rastreio Psicológico GRATUITO!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixMJf1R2ccRQjuOaZjOpWA8SwY-yvxAADh531DzkwyIUks5W5ckORrQfdhZnxXSN6a85UzHyerN9Wr3QCcatEq_E7imcpdxl6ly1hnErIyKqJ3OXldyTfZKGjHdGVvygr1PmSUJlAzt5fy/s1600/Rastreio+Psicol%25C3%25B3gico+no+IPSY%2527s+jpeg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixMJf1R2ccRQjuOaZjOpWA8SwY-yvxAADh531DzkwyIUks5W5ckORrQfdhZnxXSN6a85UzHyerN9Wr3QCcatEq_E7imcpdxl6ly1hnErIyKqJ3OXldyTfZKGjHdGVvygr1PmSUJlAzt5fy/s320/Rastreio+Psicol%25C3%25B3gico+no+IPSY%2527s+jpeg.jpg" width="284" /></a></div><br />
A saúde mental é um aspecto da sua vida que não pode ser negligenciado.<br />
<br />
E, há momentos na vida em que lhe devemos dar particular atenção: o contexto actual, sócio-económico, é um desses momentos.<br />
Por isso mesmo, o IPSY's vem contribuir para o/a apoiar nestes momentos mais delicados.<br />
<br />
Para isso, disponibilizamos, a partir de agora, uma forma de o/a ajudar a saber se está no limite da sua capacidade de resistência, se manifesta algum desajuste afectivo e, que tipo de apoio psicológico mais se adequa às suas necessidades:<br />
<br />
<strong>O Rastreio Psicológico GRATUITO!</strong><br />
<br />
Este Rastreio permite-lhe, assim, fazer um despiste breve e fidedigno do seu estado emocional actual, orientando-o/a na decisão de realizar uma intervenção no âmbito de um acompanhamento psicológico ou psicoterapia.<br />
<br />
Este serviço decorre no IPSY's durante a 1ª semana de cada mês, todos os meses, sendo realizado por profissionais atentos, experientes e especializados na área da Psicologia Clínica. Disponibilizamos ainda horários flexíveis para que se possam enquadrar na sua agenda.<br />
<br />
Ligue-nos agora e Marque a sua Sessão hoje mesmo para um <strong>Rastreio Psicológico GRATUITO!</strong><br />
Não deixe arrastar as suas dificuldades em lidar com os problemas.<br />
Actue atempadamente!<br />
Deixe-nos ajudar!<br />
<br />
Para nos contactar:<br />
Email: <a href="mailto:geral@ipsys.pt">geral@ipsys.pt</a><br />
Tel: 244 837125<br />
Telm: 966 914 359<br />
<a href="http://www.ipsys.pt/">www.ipsys.pt</a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>IPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia (www.ipsys.pt)http://www.blogger.com/profile/12099645423208167893noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5801890604017132142.post-88313428937163775142011-04-16T13:07:00.000-07:002011-04-16T13:07:19.112-07:00Dificuldades de aprendizagem e relacionamento<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Elisabete Condesso<br />
Psicóloga Clínica / Psicoterapeuta / Ludoterapeuta / Formadora</span></span><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEichujCizvsGPVPnxHxJY4h0QrYpUjDR1iignIpeNjvgnFzN2lg76fAB972ouyeGNLV2rbGsAvrjlwQ38Oy19lEvdIhjMSYPqMcV6UdUwXIGTsx41-NNdBvMYYarVLijILlD6U0GVIvhNKg/s1600/crian%25C3%25A7as+a+ler+em+conjunto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEichujCizvsGPVPnxHxJY4h0QrYpUjDR1iignIpeNjvgnFzN2lg76fAB972ouyeGNLV2rbGsAvrjlwQ38Oy19lEvdIhjMSYPqMcV6UdUwXIGTsx41-NNdBvMYYarVLijILlD6U0GVIvhNKg/s1600/crian%25C3%25A7as+a+ler+em+conjunto.jpg" /></a></div><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Hoje em dia, as dificuldades de aprendizagem e relacionamento da criança constituem uma das maiores preocupações dos pais, escolas e entidades públicas em geral. Todos os intervenientes no processo educativo da criança, especialmente as escolas, passaram a ter uma maior preocupação de intervenção, visando resolver ou atenuar, sobretudo, os problemas associados ao fracasso escolar.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Esta situação tem que ser obrigatoriamente vista no contexto da nossa sociedade em constante transformação, quer na dinâmica familiar, quer nas mudanças de costumes e valores familiares, e que têm interferido no estilo educativos dos pais, escolas e nas suas relações familiares e interpessoais. É neste cenário que as escolas devem procurar uma maior integração família-escola, e reconhecer que algumas crianças não obtêm desempenho académico satisfatório devido à interferência de variáveis afectivas e comportamentais. Também é de suma importância propor mudanças aos pais, alertando-os quanto à necessidade de haver comunicação e relações interpessoais saudáveis no âmbito familiar para a formação de crianças competentes para a vida pessoal e profissional no futuro.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Há períodos da vida, chamados períodos sensíveis, em que determinadas influências são de maior impacto para o desenvolvimento da criança. O processo inicial de escolarização pode ser considerado um período sensível para a trajectória do desempenho escolar. Os dois maiores desafios da socialização, enfrentados pela criança em idade escolar, consistem em se ajustar às exigências do professor e em responder às expectativas dos colegas. Se a criança falhar nesses desafios, pode ter, como consequência, o risco de fracasso escolar e de rejeição pelos colegas, como ainda o desenvolvimento de outros padrões de comportamentos problemáticos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">O desempenho escolar constitui uma condição de protecção ou de vulnerabilidade da criança e posterior desenvolvimento da mesma. O bom desempenho académico favorece a valorização da criança pelos adultos, bem como promove a superação de dificuldades e o seu empenho em projectos de vida que busquem a auto-realização. Por outro lado, o baixo desempenho escolar acentua as dificuldades e as vivências de sentimentos negativos, acarretando outras dificuldades comportamentais e emocionais e gerando uma sensação de não cumprimento das suas tarefas sociais referentes à escolarização.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b><span style="font-family: inherit;">Factores associados à competência académica</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: inherit;">Estudos diversos comprovaram que os factores associados à competência académica são o género, o nível socioeconómico, os aspectos cognitivos e o desenvolvimento social da criança. Quanto ao género, esses estudos concluíram que as meninas possuíam melhor desempenho académico que os meninos. Os alunos com maior nível socioeconómico possuíam melhores competência académica. No que se refere aos aspectos cognitivos, observaram que alunos de escola particular apresentavam melhor desempenho do que os de escola pública em teste de inteligência (medida pela WISC). Do lado do desenvolvimento social da criança, vários factores articulam-se para produzir o fracasso escolar. Entre tais factores incluem-se as dificuldades nas interacções sociais - um conjunto bem elaborado de habilidades sociais, na idade pré-escolar, está associado a um maior sucesso escolar posterior, ou, em caso contrário, um conjunto inicial pobre dessas mesmas habilidades permite prever dificuldades na adaptação e rendimento escolar.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: inherit;"><strong>Competências sociais</strong></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: inherit;"><strong><br />
</strong><br />
A competência social qualifica a capacidade do desempenho social e refere-se à capacidade do indivíduo de organizar pensamentos, sentimentos e acções em função dos seus objectivos e valores, articulando-os às necessidades imediatas do ambiente que o rodeia. Esta capacidade envolve um conjunto de habilidades complexas, incluindo entre outras, as de fazer perguntas, lidar com críticas, seguir regras, solicitar mudanças de comportamento e resolver situações interpessoais conflituosas. As habilidades sociais da criança, mais frequentemente enfatizadas e valorizadas nos estudos internacionais dos últimos anos, podem ser agrupadas em cinco conjuntos de comportamentos: 1. Relação com os companheiros (cumprimentar, elogiar, oferecer ajuda ou assistência) convidar para jogo de interacção), 2. Autocontrolo (controlar o humor, seguir regras, respeitar limites), 3. Habilidades sociais académicas (envolver-se na tarefa realizá-la de forma independente, seguir instruções), 4. Ajustamento (seguir regras e comportar-se de acordo com o esperado), e 5. Asserção (iniciar conversação, aceitar elogios, fazer convites).</span></div><span style="font-family: inherit;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">A competência social é adquirida por meio do processo de aprendizagem. Desenvolve-se desde a infância - este é considerado como um período crítico para a aprendizagem dessa competência - o que coloca em destaque a necessidade de focalizar a atenção para o desenvolvimento das habilidades sociais de crianças durante esse período. Na aquisição dessas habilidades sociais é importante o papel da rede de relações que inclui a escola, a família e a própria criança, num contexto socioeconómico. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b><span style="font-family: inherit;">Queixas escolares</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">É frequente surgirem nessa rede de relações os “problemas escolares” ou “ problemas de comportamento” e de aprendizagem, denominados pelos psicólogos de “queixas escolares”, devido a tais dificuldades ocasionarem solicitações de encaminhamento dos professores e coordenadores pedagógicos para os profissionais de psicologia. Tais dificuldades podem referir-se tanto ao comportamento quanto ao rendimento dos alunos no processo ensino-aprendizagem, tais como dificuldades de aprendizagem, problemas de comportamento, delinquência, ausência e/ou negligência de participação dos pais, etc.</span></div><span style="font-family: inherit;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Quando a criança é portadora de um transtorno específico, a forma com que a família reage perante as dificuldades poderá agravar ou ajudar a sua recuperação. Os pais devem ser capazes de promover comportamentos mais adaptativos e maior progresso da criança na aprendizagem escolar ao adoptarem algumas condutas, como organização do ambiente físico e de horários de estudo, estabelecimento de rotinas de vida, apoio às actividades escolares, fornecimento dos recursos e instrumentos para estudar, disponibilizar diversidade de informações, disciplina, comunicação e relacionamento social e familiar.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b><span style="font-family: inherit;">A família diante das queixas escolares</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Pode-se descrever dois padrões antagónicos de família em relação à acção familiar visando o desempenho escolar: a família “pró-saber” e a familiar “anti-saber”. A primeira, a familiar “pró-saber” favorece um clima agradável e estimulante para a busca do conhecimento; a segunda, a família “anti-saber”, promove valores que visam apenas o cumprimento das tarefas e a obtenção de notas. A família “pro-saber” propicia a curiosidade nos seus filhos, desde pequenos, valorizando e criando situações para que eles explorem em seu redor. Na sua rotina e decisões, é uma família que sempre valoriza e respeita as actividades relacionadas com a vida escolar dos filhos. A família “anti-saber”, por sua vez, ou se preocupa excessivamente com as notas dos filhos, valorizando apenas o produto final, ou demonstra, por várias atitudes e decisões, que a busca de conhecimento não é prioridade no contexto familiar.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Outro aspecto importante prende-se com a coesão do grupo familiar. É importante que os pais estabeleçam limites para os filhos e que aja união entre os pais. Os pais precisam conhecer e aceitar abertamente o problema do seu filho, sem generalizar estas dificuldades a todo o comportamento da criança. Devem fornecer um suporte que diminua o efeito do fracasso e para que se desenvolvam outras habilidades, de maneira que a sua imagem pessoal não dependa exclusivamente</span> da escola.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b><span style="font-family: inherit;">Formação de habilidades sociais para pais</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">A aquisição das competências sociais ocorre em contexto natural sem recurso a formação formal, isto, no relacionamento entre pais e filhos, irmãos, colegas de escola, amigos, cônjuges. Frequentemente, neste processo de aprendizagem, ocorrem falhas relevantes na aquisição das habilidades sociais. A escola deve assumir um papel mais activo nessa aprendizagem por meio de programas de formação, planeados de forma articulada ou paralela aos objectivos académicos. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">A formação de pais pode ser definida como um enfoque para o tratamento dos problemas infantis que utilizará procedimentos por meio dos quais se forma os pais a modificar o comportamento dos seus filhos em casa. A trajectória de actuação em psicologia clínica comportamental demonstra a importância de incluir os pais no atendimento de crianças. É possível verificar a importância da participação dos pais no atendimento das crianças com dificuldades de aprendizagem quanto à eficácia e durabilidade das modificações, ou seja, quando os pais participam activamente, os objectivos terapêuticos são melhor atingidos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Estudos têm mostrado que, ao se habilitar pais a ensinarem comportamentos adequados e a modificarem comportamentos inadequados dos seus filhos, a família adquire inúmeros benefícios: 1) diminuição da ansiedade e dos sentimentos de frustração, aumento da autoconfiança, diminuição do nível de stress familiar; 2) interacção de modo mais positivo com o filho; 3) melhora na percepção dos pais quanto ao potencial e ao prognóstico do filho; 4) melhora da vida social familiar.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Esta intervenção ao plano formativo pode modelar práticas socialmente habilidosas, no sentido de apoiar o impacto positivo da comunicação, da expressão de afecto e de opiniões, da consistência e da participação de ambos os progenitores na educação dos filhos. os programas de suporte às famílias para desenvolver habilidades sociais podem ser de grande ajuda para atenuar o risco associado a ambientes pouco apoiados e a experiencias de fracasso escolar.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b><span style="font-family: inherit;">Habilidades sociais dos pais e a sua relação com a aprendizagem dos filhos </span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Há evidências consistentes de que o comportamento anti-social na adolescência e vida adulta tem como precedentes práticas educativas parentais deficientes quanto à disciplina e à monitorização, fracasso académico e rejeição entre pares. Neste sentido, uma intervenção em prevenção secundária juntamente a pais de crianças com dificuldades de aprendizagem para desenvolver habilidades sociais educativas poderia prevenir possíveis complicações na adolescência e vida adulta dessas crianças.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><span style="font-family: inherit;"> <span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: ZH-CN; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Fica evidente a necessidade de haver um maior empenho na descrição da elaboração de programas que facilitem aos pais, às escolas e aos órgãos públicos competentes o acesso ao conhecimentos de habilidades educativas eficazes para criar e manter um repertório de comportamentos adequados e ajudar o desenvolvimento de habilidades académicas e sociais nas crianças pode contribuir para ampliar as possibilidades de intervenções comunitárias visando atender às necessidades daqueles que possam usufruir seus benefícios.</span></span>IPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia (www.ipsys.pt)http://www.blogger.com/profile/12099645423208167893noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5801890604017132142.post-71197916962452062182011-04-16T12:50:00.000-07:002011-04-17T03:01:48.984-07:00Educação - Obrigação ou Vocação?Patrícia Gaspar<br />
Psicóloga Clínica / Psicoterapeuta / Ludoterapeuta / Formadora<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoT3uq4udLyGmeyT_265PeVPcErtP7LmOCFHoFIjEORC9svi7JrH3ex8xaLaRfqiGOafh1r_Tu2s_v97IZnZaQZLUZtDz-dRYc2UEeMzUaaeEe5VhGTpIs-V4xvuUSrdWigdgBfJAQmKp6/s1600/crian%25C3%25A7a+a+espreitar+entre+dedos1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoT3uq4udLyGmeyT_265PeVPcErtP7LmOCFHoFIjEORC9svi7JrH3ex8xaLaRfqiGOafh1r_Tu2s_v97IZnZaQZLUZtDz-dRYc2UEeMzUaaeEe5VhGTpIs-V4xvuUSrdWigdgBfJAQmKp6/s1600/crian%25C3%25A7a+a+espreitar+entre+dedos1.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Com muita facilidade ouvimos dizer “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">não tenho tempo</i>”, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">quem me dera poder ter tempo para…</i>”, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">a vida é uma correria, é o trabalho, a casa, quase não tenho tempo para os meus filhos</i>”. Preocupa-nos a quantidade de tempo, mas será que não nos deveria importar mais a qualidade de tempo, sobretudo o tempo de qualidade que os pais passam com os seus filhos? Sendo que esta qualidade passa por estar numa relação afectiva válida, através da qual os pais promovem aos seus filhos um desenvolvimento saudável físico, cognitivo, emocional, psicológico, permitindo-lhes serem crianças ou adolescentes. Mas como é possível ter uma relação afectiva válida? É necessário que os pais ouçam os seus filhos, que os compreendam, que entrem no seu mundo e que partilhem, façam com eles. Que pais e filhos se permitam a uma relação próxima, de intimidade, onde haja empatia, confiança e segurança.<o:p></o:p></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">A taxa de natalidade tende a diminuir em Portugal, ora porque os jovens estudam até mais tarde, prolongando a sua estadia em casa dos pais e constituindo família mais tarde, optando por ter apenas um filho, ora porque a situação económico-social difícil que se atravessa no nosso país não transmite segurança para que se possam ter grandes famílias. Enfim, existe uma série de razões. Mas aqui a questão que se coloca é a seguinte: educar um filho é uma obrigação? Ou será antes uma vocação? Por vezes, ouvimos mulheres dizerem que são mães porque a sociedade lhes exige que o sejam. Serão então mães por obrigação? Outras há que sendo mães abdicam de uma carreira profissional para se dedicarem a tempo inteiro à maternidade. Serão mães por vocação?<o:p></o:p></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Com muita facilidade ouvimos dizer “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">não tenho tempo</i>”, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">quem me dera poder ter tempo para…</i>”, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">a vida é uma correria, é o trabalho, a casa, quase não tenho tempo para os meus filhos</i>”. Preocupa-nos a quantidade de tempo, mas será que não nos deveria importar mais a qualidade de tempo, sobretudo o tempo de qualidade que os pais passam com os seus filhos? Sendo que esta qualidade passa por estar numa relação afectiva válida, através da qual os pais promovem aos seus filhos um desenvolvimento saudável físico, cognitivo, emocional, psicológico, permitindo-lhes serem crianças ou adolescentes. Mas como é possível ter uma relação afectiva válida? É necessário que os pais ouçam os seus filhos, que os compreendam, que entrem no seu mundo e que partilhem, façam com eles. Que pais e filhos se permitam a uma relação próxima, de intimidade, onde haja empatia, confiança e segurança.<o:p></o:p></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Existem quatro ambientes familiares distintos que se definem pelos comportamentos, crenças, atitudes e pensamentos de pais e filhos. São os ambientes: permissivo, abandónico, autoritário e orientador. O ambiente permissivo define-se pela quase anulação da função e responsabilidade parental, sendo que os pais abdicam do seu poder, não impõem regras ou limites, exigem muito pouco e dão muita liberdade aos filhos, enfim onde tudo é aceite e permitido aos filhos. Este ambiente torna os filhos confusos, sentindo-se rejeitados, dependentes e inseguros, com baixa auto-estima e baixo auto-controlo. No ambiente abandónico é dado pouco ênfase aos sentimentos dos filhos, os pais não se envolvem na vida dos seus filhos, criando nas crianças e adolescentes a sensação de que os seus sentimentos estão errados, tendo portanto dificuldades em lidar com as emoções e em verbalizá-las. No ambiente autoritário prevalece o controlo excessivo, a imposição de regras rígidas, o uso da punição e a dificuldade em compreender os sentimentos dos filhos. Como consequência deste estilo familiar, surgem nas crianças e nos adolescentes a insegurança, o medo, a culpa, a rejeição, a baixa auto-estima, a desconfiança e a insatisfação. Neste ambiente, os filhos procuram estratégias para não serem punidos, têm pouca autonomia e sentem dificuldade em assumir responsabilidades.<o:p></o:p></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Por oposição a estes três ambientes familiares, está o ambiente orientador, no qual os filhos são valorizados, tratados com respeito, sendo-lhes incutida responsabilidade, sendo encorajados a tomar decisões e a reflectir sobre elas. Neste contexto, há firmeza e consistência no cumprimento de regras, o poder é controlado pelos pais, mas partilhado com os filhos, as punições são limitadas e sensatas, havendo espaço à negociação. Promovem-se as tentativas de resolução de problemas, os sentimentos e as emoções dos filhos são respeitados e estimulados a serem expressos.<o:p></o:p></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">De uma forma muito geral, no ambiente orientador há comunicação e diálogo entre pais e filhos, o que promove uma melhor interacção com os pares e menor probabilidade dos filhos apresentarem problemas de comportamento; há o respeito pela individualidade, os pais aceitam verdadeiramente os gostos e interesses dos filhos; há uma participação activa por parte dos pais na vida dos seus filhos. Como? Através do conhecimento e acompanhamento das principais actividades dos filhos e através do envolvimento verdadeiro nas questões da escola, do lazer e dos amigos.<o:p></o:p></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Como resultado destes comportamentos e atitudes por parte dos pais há a valorização dos filhos, permitindo-lhes que se sintam seguros, amados e motivados para colaborar, sabendo o que é esperado deles, são</span><span style="font-family: inherit;"> autónomos, com confiança, auto-controlo e auto-estima positiva, são assertivos, responsáveis, disciplinados, com iniciativa para explorar o que os rodeia.<o:p></o:p></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Em jeito de síntese, poderemos distinguir os pais que educam por obrigação daqueles que o fazem por vocação, sendo que estes últimos mantêm uma atitude pró-activa em relação aos seus filhos, compreendendo as suas dificuldades e ansiedades, ajudando a organizar o pensamento sobre as decisões, promovendo a confiança nas suas capacidades e decisões. Ajudar um filho a crescer e a desenvolver-se de forma saudável e feliz não implica ser-se demasiado brando ou demasiado rígido com ele, sendo que o equilíbrio é o melhor caminho para a educação de um filho. Os pais que o são por vocação têm a capacidade de identificar os erros que cometem na educação dos seus filhos, estando disponíveis e aptos a corrigi-los e a mudar rapidamente, sempre em prol do crescimento e desenvolvimento saudável dos seus filhos.</span></span><br />
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<a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=e369853df766fa44e1ed0ff613f563bd&id=9e3cfc48eccf81a0d57663e129aef3cb" target="_blank"><span style="color: #993300;">Veja aqui a nossa sugestão de leitura sobre esta temática...</span></a> </div>IPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia (www.ipsys.pt)http://www.blogger.com/profile/12099645423208167893noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5801890604017132142.post-56139053678989545262011-04-16T12:35:00.000-07:002011-04-17T02:57:39.835-07:00Os castigos<span style="font-family: inherit;">Elisabete Condesso<br />
Psicóloga Clínica / Psicoterapeuta / Ludoterapeuta / Formadora</span><br />
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<span style="font-family: inherit;"></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDKz0rRQq84Re-Du4VeK92petbbJJT_bnfVjR-2GOWenStAxMSUe86nzNJaHTJnB0Zy6tom8OTv5tOj2CbzOuF43onqGoLREdEG0Q4PiaJLGypnDMCaToN7pf6RMdY0xwMS8M-rwdRFtUj/s1600/Castigo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDKz0rRQq84Re-Du4VeK92petbbJJT_bnfVjR-2GOWenStAxMSUe86nzNJaHTJnB0Zy6tom8OTv5tOj2CbzOuF43onqGoLREdEG0Q4PiaJLGypnDMCaToN7pf6RMdY0xwMS8M-rwdRFtUj/s1600/Castigo.jpg" /></a></div><br />
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<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">A pergunta que muitos pais e educadores fazem na hora de aplicar regras e limites às suas crianças é: “O que fazer quando a criança não cumpre? O que é adequado fazer e o que se deve evitar”. Neste artigo são apresentadas algumas estratégias educativas tendo em vista o desenvolvimento harmonioso da estrutura psicológica da criança, nomeadamente, são apresentados critérios para resolver as situações excepcionais, isto é, como aplicar os castigos, tendo em vista aumentar a eficácia da sua aplicação. Além disso, é apresentada a base educativa que tem como pilares fundamentais o afecto, a responsabilidade e a confiança, que pode tornar praticamente desnecessária a aplicação de castigos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">No nosso outro artigo «Regras e Limites – apreender a dizer ‘Não’» abordamos o essencial sobre a importância para a criança de uma clara definição de directrizes de modo a deixar bem claro a diferença entre o que é certo e errado, entre o bem e o mal. Referiu-se a importância da criança iniciar esta aprendizagem desde pequena de modo a desenvolver harmoniosamente a sua estrutura psicológica para a vida adulta. Foi enfatizado que nesta aprendizagem, o papel de pais e educadores é fundamental e que eles devem assumir na íntegra o seu papel educativo. Foi ainda referido que os pais devem reprimir as acções incompatíveis, quando necessário. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit;">Mas, a pergunta que muitos pais fazem é «Que fazer quando a criança não cumpre? O que é correcto fazer e o que não se deve fazer?» Este artigo dá algumas recomendações.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">O castigo como estratégia educativa e último recurso</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit;">O castigo é uma estratégia educativa bastante generalizada, dado que mostra ser um poderoso elemento dissuasor que actua em direcção ao controlo do comportamento que se deseja evitar, em face da expectativa das consequências negativas, ou simplesmente da ameaça de perder algum privilégio de que se goza.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit;">Pais e educadores têm que encontrar o castigo adequado à criança, sabendo que o importante não é o castigo em si, mas o que é comunicado através dele. Além disso, os castigos devem ser proporcionais ao acto cometido e não se deve cair em excessos. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit;">Pais e educadores devem encarar o castigo como último recurso a aplicar, ou seja, deve ser aplicado quando os restantes já fracassaram. Por isso, quando tivermos que aplicar um castigo, devemos sempre questionar-nos sobre se teremos posto correctamente em prática todas as alternativas possíveis e analisar o que terá fracassado. Assim, de modo a evitar o castigo de amanhã, teremos que por em prática uma estratégia de prevenção, que passa pela educação da criança assente na autoridade e compreensão, na paciência, e no autocontrolo. Se queremos educar os nossos filhos de modo que sejam capazes de controlar as suas emoções, devemos começar por aprender a controlar as nossas. Devemos repreender com firmeza e com toda a calma.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Castigos físicos e suas consequências</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit;">Muitos pais questionados sobre o que fazer quando a criança não cumpre as regras definidas, referem o uso de castigos físicos como o procedimento rotineiro e habitual. Este procedimento encontra-se muito enraizado na nossa sociedade, não sendo percebido por quem o pratica como violência, tendo mesmo uma larga aceitação social, inclusive nos meios mais intelectuais. Nalguns meios sociais é frequente a sociedade cobrar dos pais e familiares a adopção desta prática como meio de aceitação social no grupo a que pertence, e inclusive, tal prática chegar a ser motivo de vanglória. Verifica-se também que mesmo as crianças que sofrem o castigo, incorporando os valores culturais, não encararam o castigo como violência, pois aprendem precocemente, que é “normal” ou até “desejável” apanhar dos pais.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Do ponto de vista da ciência e cada vez mais dos profissionais que se ocupam com a criança, em particular dos psicólogos, os castigos físicos são tidos como violência. Este facto tem como base os estudos e observações que mostram os riscos e sequelas desta prática para a criança. Esses estudos têm mostrado os efeitos nocivos, às vezes mesmo catastróficos, sobre o desenvolvimento afectivo, social e cognitivo da criança, com graves repercussões na vida adulta. A qualidade de vida da criança sai prejudicada, na medida que o direito ao respeito, à dignidade, integridade física e moral, ficam seriamente comprometidos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Mais ainda, os mesmos estudos mostram que os limites tolerados de intensidade, frequência e formas de castigo físico variam muito entre grupos sociais e famílias. As simples palmadas coexistem com agressões, sendo justificadas da mesma forma, «a necessidade educativa». É que, frequentemente, quando o castigo físico não traz os resultados desejados pelo educador, a tendência é o aumento de intensidade e frequência levando a um ciclo vicioso que pode desembocar em situações trágicas. O acto de bater resvala, assim, para além dos limites colocados pelo próprio educador, sendo aplicado o castigo de forma descontrolada, mais como alívio para quem bate do que como meio disciplinar. Por vezes, a criança identifica esse acto como humilhante, encontrando forças para enfrentar os pais, dizendo “nem doeu”. Esta atitude, embora constitua uma forma de defesa e de grito de alerta da criança para algo que não está bem, pode redundar muitas vezes em mais agressão. Portanto, o que muitos pais convencionam chamar de simples “palmadas” pode resultar em agressões violentas.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Para além deste aspecto, a punição física como meio de imposição de um castigo tem consequências a vários níveis:</span></div><div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo2; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>Esta prática tem conduzido à aprendizagem de técnicas de aversão em vez de técnicas de reforço positivo. Estudos mostram a ineficácia da punição corporal, pois têm como base o princípio de qualquer punição: não mostra o que deve ser feito, apenas o que não deve; a punição enfoca o erro e não ensina o certo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo2; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>As respostas emocionais geradas pela punição (choro, medo, ansiedade, raiva) podem levar ao aparecimento, por meio do condicionamento operante ou pavloviano, das mesmas respostas emocionais em outras ocasiões não punitivas. Por exemplo, a punição de mentir pode levá-la a apresentar os mesmos comportamentos emocionais da punição (choro, rubor, suor) em situações em que simplesmente se expressa verbalmente.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo2; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>A criança pode simplesmente passar a fugir e/ou evitar o agente punidor, de modo a evitar ou reduzir a estimulação de aversão, ou seja, há o condicionamento de comportamentos de fuga e esquiva (por meio do reforço negativo). Assim, os comportamentos inadequados continuam no repertório comportamental da criança, mas deixam de ser punidos quando ela esconde-se ou mente para os seus pais.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo2; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>Pode ocorrer um aspecto que é o fenómeno de desamparo apreendido. Se as punições, especialmente corporais, não são contingentes e dependem do humor dos pais, pode acontecer que ocorra o fenómeno de desamparo, e a criança simplesmente não saiba o que fazer, não saiba qual a resposta que deverá ser emitir para evitar as punições. Esta situação pode ser extremamente grave na transição para a vida adulta, pois este comportamento pode generalizar-se para outras situações de aversão.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo2; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>Um outro aspecto tem a ver com a associação entre a dor que a criança sente, na aplicação da punição corporal, e o amor em relação aos seus pais, pois geralmente a punição corporal é acompanhada por um discurso dos pais que amam a criança e que batem para o bem dela. Assim, o emparelhamento de estímulos e a associação entre a dor e o amor, ensina a criança a usar o mesmo método em outras situações da sua vida, ou ainda, a suportar situações de aversão e disfunção que deveriam ser reprimidas, evitadas e terminadas.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo2; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>Um último aspecto é o círculo vicioso que se estabelece com esta prática, dado que punir é reforçador tanto para pais quanto para os filhos, reforçando o comportamento de quem pune e, portanto, ajudando a manter tal comportamento, levando ao perpetuar de métodos e comportamentos para a vida adulta.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Em conclusão, é justamente pelo desconhecimento que muitos pais impõem castigos físicos, pois consideram ser a melhor forma de disciplinar os seus filhos. Porém, como foi referido, esta cultura da punição física como meio de castigo, tem efeitos muito nocivos, pelo que deve ser “desconstruída” para dar lugar a formas educacionais menos lesivas para a criança.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Disciplinar com eficácia e com base no reforço positivo</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit;">Mas, neste caso, impõe-se fazer a seguinte pergunta: “o que fazer, neste caso, para disciplinar as crianças?” De acordo com os estudos mais recentes, a definição de “disciplina” encontra-se no campo de guiar e influenciar, pois sugere a produção de comportamentos mais desejados. Assim, disciplinar é ajudar uma criança a desenvolver o seu auto-controlo, estabelecer limites, ensinar comportamentos adequados e corrigir os inapropriados. Disciplinar também envolve o encorajamento da criança, ajudando-a a desenvolver a sua auto-estima e autonomia, ou seja, a prepará-la para enfrentar o mundo sem necessitar de emitir comportamentos que simplesmente evitam as punições e coerções e que são uma solução inaceitável para a resolução dos problemas.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Os pais actuais devem ter acesso ao conhecimento de outras práticas educativas mais eficazes para criar e manter um repertório de comportamentos adequados. Devem fazer uso da disciplina positiva (uso de reforçadores) de forma sistemática, impor e estabelecer regras e limites de forma consistente e lógica, exercer uma supervisão constante, estabelecer modelos positivos, incentivar à autonomia da criança e fortalecimento da sua auto-estima, pelo que não sobrará muito espaço para a ocorrência de comportamentos inadequados significativos. Os poucos que possam surgir poderão ser resolvidos com estratégias menos dolorosas e indignas do que as punições corporais.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">O castigo, como forma de resolver as situações excepcionais, deve ser aplicado tendo em consideração alguns critérios, de modo a aumentar a sua eficácia:</span></div><div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>O castigo deve ser aplicado depois de se experimentarem outras estratégias alternativas, isto é, como último recurso, e deve ser considerado como algo excepcional. Assim, os pais devem dedicar um esforço prévio no reforço ou recompensa do comportamento adequado, naquelas ocasiões em que tivesse sido possível fazê-lo. Não confundir esta situação de recompensa com atitude de “suborno”, do género: “se não bateres na tua irmã, trago-te uma prenda …”. Há coisas que têm que se fazer por si e não a troco de um presente.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>Além disso, não se deve aplicar de forma generalizada, sistemática e frequente, mas de forma pontual e não reinteractiva.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>Não deve humilhar a criança, rebaixá-la ou ferir-lhe os sentimentos e a auto-estima. Por exemplo, deve-se repreender uma criança evitando a exposição pública, levando-a para uma zona neutra até que se acalme e esteja disposto a fazer o que lhe pedimos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>O castigo deve retirar um benefício por um tempo (por exemplo, não ir a certos lugares, não comprar uma coisa, não ver televisão, não usar um brinquedo) ou deve ensinar alguma coisa que esteja relacionada com o comportamento que se pretende corrigir (por exemplo, se a criança deixa os brinquedos espalhados pelo chão, deverá ser aplicado um castigo que a ensine a ter as suas coisas arrumadas).</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>Os pais devem estar de acordo acerca do castigo a aplicar, quer da oportunidade, quer do sentido.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>O comportamento dos pais deve ser um exemplo para a criança. Por exemplo, não se deve castigar uma criança por dizer asneiras ou insultos, ou por mentir e enganar os outros, quando este comportamento é frequente nos próprios pais.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>A criança tem que saber que determinado comportamento é inadequado e quais as consequências que podem derivar do não cumprimento, isto é, a criança devem ser avisada.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>A criança tem que perceber o castigo como uma consequência manifesta de um determinado comportamento que se quer corrigir, isto é, deve existir uma relação clara causa-efeito. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>O castigo deve ser personalizado, individualizado, adequando a cada criança. Um castigo colectivo dificilmente será justo, pois não iria responsabilizar a criança acerca do seu próprio comportamento, diluindo a responsabilidade.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>Para ser eficaz, o castigo deve ser imediato, aplicado no momento após a ocorrência do comportamento inadequando, de modo a que a criança possa associar claramente o comportamento com o resultado adverso. Demorar o castigo com frases do tipo “verás quando o teu pai chegar …” pode originar: 1) cria temor ou ressentimento em relação à figura paterna, tornando apenas o pai o “mau”; 2) ou poderá originar medo das consequências que na maior parte das vezes acabam por não acontecer, tornando o castigo totalmente ineficaz.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>No entanto, o castigo não se deve fixar ou aplicar a “quente”, como vingança ou acompanhado de sentimentos de ódio e rejeição pessoal, isto é, deve ser aplicado com serenidade.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>O castigo deve ser justo, equilibrado, proporcional aos danos que ocasionaram. Além disso, deve-se pensar no modo prático de aplicar o castigo, pois a sua aplicação deve ser realista e fazível.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>Antes de aplicar o castigo, os pais devem assegurar-se de que a criança conhece e sabe executar correctamente o comportamento que é considerado adequado.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span>E, por fim, uma vez acordado e estabelecido um castigo, deve ser cumprido e executado, e a criança deve compreender que não se trata de uma ameaça. Deve-se evitar admoestações repetitivas do tipo “da próxima vez”, que acabam por não ser credíveis e serem totalmente ineficazes.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">Em resumo, o castigo perde a sua validade se for aplicado de modo inconsistente. No entanto, torna-se bastante eficaz quando é aplicado de forma coerente e racional, exercendo um efeito preventivo e correctivo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Conclusão<o:p></o:p></span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span><span style="font-family: inherit;">O castigo é uma estratégia educativa bastante generalizada, em que o fundamental é o diálogo que se estabelece entre os educadores e a criança, pois pressupõe a participação activa de ambas as partes no processo educativo. Assim, mais importante do que o castigo em si é o que é comunicado através dele.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: inherit;">O castigo deve ser o último recurso a aplicar, quando outros métodos alternativos fracassaram. Por isso, de modo a evitar o recurso ao castigo, deve-se apostar numa estratégia preventiva que passa pela educação baseada na autoridade e compreensão, na paciência e no autocontrolo. Além disso, a base educativa deve ter como pilares fundamentais o afecto, a responsabilidade e a confiança, que pode tornar praticamente desnecessária a aplicação de castigos.</span><br />
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<a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=e369853df766fa44e1ed0ff613f563bd&id=c5ab0bc60ac7929182aadd08703f1ec6" target="_blank"><span style="color: #993300;">Veja aqui a nossa sugestão de leitura sobre esta temática...</span></a> </div>IPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia (www.ipsys.pt)http://www.blogger.com/profile/12099645423208167893noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5801890604017132142.post-67007677297502386092011-01-21T13:28:00.000-08:002011-01-21T13:28:32.676-08:00A inteligência emocionalPatrícia Gaspar<br />
Psicóloga Clínica / Psicoterapeuta / Ludoterapeuta / Formadora<br />
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A inteligência emocional é um tipo de inteligência que envolve as habilidades para perceber, entender e influenciar as emoções. É a forma pela qual a pessoa dirige a sua própria vida, relacionando-se bem com as outras pessoas, sejam elas difíceis ou fáceis de lidar, seja em ambiente social, familiar ou de trabalho. É a capacidade de se auto-conhecer e de lidar bem consigo mesmo e com os outros. Traduz-se na capacidade da pessoa se relacionar de forma assertiva e positiva com outros, ter pensamento positivo mesmo nas adversidades, e persistência na concretização dos seus objectivos.<br />
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Daniel Goleman, psicólogo, autor do livro Inteligência Emocional refere cinco domínios deste tipo de inteligência: a) auto-consciência emocional que respeita à capacidade que as pessoas têm de se conhecer a si mesmas, de saber as suas capacidades e os seus limites, capacidade de identificar as suas próprias emoções; b) auto-controlo emocional que se refere à capacidade de gerir os próprios sentimentos, sendo que a pessoa que sabe controlar os seus sentimentos se dá bem em qualquer lugar que esteja ou em qualquer acto que realize; c) auto-motivação, ou seja, a propensão para perseguir objectivos com energia e persistência. A pessoa optimista consegue realizar tudo o que planeia, pois tem consciência de que todos os problemas são contornáveis e resolúveis; d) empatia que se refere à capacidade de reconhecer as emoções nos outros, o saber colocar-se no lugar do outro, perceber o outro, captar o sentimento do outro; e e) aptidão social, a capacidade que a pessoa deve ter para lidar com as emoções do grupo, considerando que a arte dos relacionamentos se deve em grande parte ao saber lidar com as emoções dos outros.<br />
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Estas são as chaves básicas que definem a Inteligência Emocional, uma fórmula fundamental para que seja possível estabelecer uma vida equilibrada e manter os relacionamentos inter e intrapessoal equilibrados e saudáveis que resultarão na realização pessoal e consequentemente profissional. A inteligência interpessoal diz respeito à capacidade que a pessoa tem de entender reacções, criar empatias, relacionar-se com o outro e gerir convivências em grupo; por sua vez a inteligência intrapessoal refere-se à mesma capacidade, só que voltada para si mesmo, ou seja, é a capacidade de formar um modelo verdadeiro e preciso de si mesmo e usá-lo de forma efectiva e construtiva.<br />
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Actualmente, a educação não se baseia unicamente nos processos intelectuais, atribuindo-se significativa importância à educação emocional, sendo esta a principal responsável pelo sucesso ou insucesso das pessoas.<br />
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As emoções das crianças, numa fase inicial, são ainda muito primárias, no entanto, se os adultos as ajudarem a lidar com os diversos sentimentos estarão a contribuir para a sua estabilidade emocional e consequente capacidade para ser feliz. Deste modo, desenvolver a inteligência emocional é fomentar na criança as capacidades de confiança, curiosidade, intencionalidade, autocontrolo, capacidade de se relacionar, capacidade de comunicar e cooperação.<br />
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O fundamental é que os conceitos envolvidos na inteligência emocional sejam compreendidos e postos em prática desde que a criança nasce e se começa a construir como um ser cada vez mais independente. Saber zangar-se, saber criar as próprias motivações, controlar o medo e a ansiedade, saber se o medo que sente resulta de um perigo real e por isso deve evitar enfrentá-lo, ou se, pelo contrário, é apenas um obstáculo a ultrapassar; saber reconhecer as oportunidades (as boas e as más); saber adaptar-se às realidades culturais e sociais do meio que a rodeia, enfim, saber viver.<br />
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Quando as crianças não desenvolvem na infância estas habilidades e competências sócio-emocionais, podem tornar-se adultos insensíveis e indiferentes à dor e ao sofrimento alheios, inclusive quando estes são causados por si mesmo.<br />
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Ora, para poder aprender a regular as suas próprias emoções é necessário, antes, que a criança aprenda os passos precursores essenciais de perceber, identificar, rotular e compreender os seus eventos emocionais. Para tal, as crianças precisam de modelos, exemplos e de intervenções pedagógicas de modo a aprenderem a lidar com suas próprias emoções. Isto deve ser feito não só em casa, como também na escola.<br />
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<div><a href="http://www.ipsys.pt/?lop=conteudo&op=e369853df766fa44e1ed0ff613f563bd&id=c21002f464c5fc5bee3b98ced83963b8">Veja aqui a nossa sugestão de leitura sobre esta temática...</a></div>IPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia (www.ipsys.pt)http://www.blogger.com/profile/12099645423208167893noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5801890604017132142.post-18474701081094921532010-10-08T08:16:00.000-07:002010-10-08T08:19:27.115-07:00A intervenção psicológica na Leucemia<span style="font-size: x-small;"></span><br />
Sílvia Silva<br />
Psicóloga Clínica / Psicoterapeuta / Ludoterapeuta / Formadora<br />
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A leucemia (neoplasia maligna que atinge o sangue) tem a sua origem na medula óssea. Caracteriza-se pela proliferação anormal de células da medula óssea, que originam as células sanguíneas, tendo vários tipos (mielóide ou linfóide, aguda ou crónica). A Leucemia pode afectar desde a criança ao idoso. As causas que a desencadeiam, não são determinadas de forma exacta. Os sintomas aparecem após a proliferação excessiva de células imaturas na medula óssea, com a infiltração em vários tecidos do organismo (por ex: pele, sistema nervoso central, etc).<br />
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Para além de alterações bio-fisiológicas, e do desconforto provocado pelo aparecimento dos sintomas (cansaço, irritabilidade, fraqueza, emagrecimento, infecções frequentes, febre, entre outros), a leucemia promove uma desorganização ao nível psicológico.<br />
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<div align="justify">Todo o processo de doença, desde os sintomas, os exames de diagnóstico específicos até à fase da quimioterapia (agressiva), tratamento com ou sem internamento e transplante de medula óssea (quando necessário), implica um enorme impacto psicológico, isto é, uma enorme instabilidade emocional no doente. Tendo em conta que o tratamento é faseado e longo, o estado psicológico do doente tende a deteriorar-se. Trata-se de um momento de vida em que o doente está submetido a riscos significativos, que contribuem para o aparecimento daquilo que em Psicologia se designa por perturbação emocional – interferência desajustada directa ou indirecta das emoções no pensamento. </div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify">Os aspectos da personalidade do doente contribuem marcadamente para a forma de lidar com a doença. Se para alguns a possibilidade terapêutica proporcionada pelo transplante é tranquilizante, para outros, pelo contrário, revela-se um factor desencadeador de ansiedade. A personalidade do doente é, assim, um aspecto chave na forma como enfrenta as dificuldades inerentes à doença.</div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify">Por conseguinte, as pessoas que rodeiam o doente nestas fases delicadas da vida de um ser humano adquirem uma importância vital. Sejam elas os técnicos, os familiares ou os amigos. A qualidade das relações estabelecidas com todas elas faz toda a diferença para ele, quer do ponto de vista social e relacional quer do ponto de vista emocional e afectivo. </div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify">A presença de perturbação emocional na leucemia, implica uma interferência séria no bem-estar do doente, diminuindo a sua qualidade de vida, expondo-o, também, a uma serie de dificuldades ao nível do funcionamento psicológico impostas pelo próprio tratamento. </div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify">Para além das reacções ao próprio diagnóstico de leucemia, muitas vezes envolvidas num clima de perplexidade para o próprio e para a família, na fase de adaptação ao tratamento muitas são as reacções psicológicas e psicopatológicas que os doentes podem desenvolver. Nomeadamente, dificuldades de ajustamento, ansiedade, sintomatologia depressiva, irritabilidade, isolamento social, desmotivação, medos, dificuldades na tomada de decisão (inerentes ao processo de transplante, por ex.), desorientação, dificuldades de controlo e gestão do stress, vulnerabilidade, distúrbios alimentares, sentimentos de inutilidade, inferioridade e auto-desvalorização, baixa auto-estima e auto-confiança, insegurança, auto-imagem desvalorizada, dificuldades de atenção e concentração, desorganização e instabilidade emocional, entre outras. </div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify">Algumas delas tendem a estar mais frequentemente presentes no doente com leucemia: as dificuldades de ajustamento com a presença de ansiedade e sintomatologia depressiva. Alguns estudos revelam que pode mesmo implicar o aparecimento de psicopatologia. A intervenção psicológica, através de um trabalho de psicoterapia, feita por um(a) psicólogo(a) especializado(a) torna-se, assim, indispensável nesta situação de crise, incluindo no período pós alta.</div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify">Claro que, ter estes sentimentos nalguns momentos é "normal" nesta situação. O problema surge na forma como o doente lida com estes sentimentos.</div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify">As reacções psicológicas surgem em momentos de conflito psicológico vividos bem antes do transplante: no momento de tomada de consciência do diagnóstico e no momento de decisão da realização do transplante. A partir daqui o doente depara-se com a perda da sua vida "normal" (antes do diagnóstico), o que significa fazer o luto antecipado devido à perda da vida que tinha anteriormente, remetendo-o a um grande isolamento social (mesmo após o processo de transplante concluído). </div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify">A família é, em toda a extensão da doença, um suporte imprescindível para o doente com leucemia. Em certos casos funciona mesmo como um factor fulcral da sua recuperação, promovendo a reaproximação e intensificação dos laços familiares. É um período de maior relação entre os vários elementos da família. O familiar passa a ser mais um membro disponível da equipa multidisciplinar. </div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify">Para além das várias fases da leucemia implicarem um potencial aumento do stress para o doente, o mesmo também acontece com os familiares. Na maior parte dos casos são invadidos pelo sentimento de impotência, de perda, angústia e desespero. O seu estado psicológico é de grande fragilidade que, por vezes, também provoca desorganização e instabilidade emocional. A sua participação activa no processo de tratamento e recuperação pode, inclusivamente, fomentar o conflito interno devido às dificuldades que surgem na relação com o doente, uma vez que o familiar se confronta com os seus sentimentos mais negativos e o apoio que quer/deve prestar ao doente, seu familiar. </div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify">Assim, também para eles existem aspectos que desencadeiam um maior stress situacional, nomeadamente o avanço da doença, a decisão de realizar o transplante, bem como a escolha do doador e a incerteza no futuro do doente. Como tal, vivem num clima de tensão permanente que também exige uma intervenção psicológica eficaz. </div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify">Para além do apoio familiar, o acompanhamento psicológico realizado por um profissional especializado – um(a) psicólogo(a) clínico(a) – assume uma importância extrema em todo o processo, uma vez que contribui para que todos estes aspectos se manifestem com a menor intensidade possível numa situação já de si dramática. O/A psicólogo(a) contribui para que a forma como o doente com leucemia lida com a sua realidade, bem como os seus familiares, seja menos sofrida. A avaliação psicológica é feita numa fase anterior ao transplante como forma de, através dos seus resultados, delinear a intervenção posterior.</div><div align="justify">Esta intervenção psicológica e psicoterapêutica permite ao doente utilizar os seus recursos internos de forma mais ajustada à situação de dor e sofrimento, disponibilizando-os da maneira mais adequada, afim de minimizar o impacto dos sentimentos dolorosos, promovendo, assim, o reajustamento psicológico. Facilita, por um lado, a adesão ao tratamento médico e a suportar a dor e, por outro, ajuda o doente a lidar de forma diferenciada com o problema, minimizando a instabilidade emocional, levando-o a pensar de forma diferente o seu problema provocando menor sofrimento psicológico.</div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify">Por outro lado, o doador, outro elemento fundamental em todo o processo, representa para o doente uma possibilidade de cura ou até mesmo a única saída. As dúvidas e expectativas do doente são enormes, misturando-se numa confusão de sentimentos entre a procura do doador e o momento em que este é encontrado. Contudo, também para o próprio doador a decisão nem sempre é fácil, sentindo-se, por vezes, desmotivado uma vez que todo o processo implica algum desconforto. Por vezes, desiste quando tudo está já preparado para a doação se concretizar. Esta situação revela-se muito negativa para o doente, causando-lhe grande frustração e desânimo uma vez que a idealização acerca do processo de doação cria, entre outros aspectos, expectativas muito altas. Do ponto de vista médico, o processo de doação de medula óssea é relativamente simples. No entanto, do ponto de vista psicológico é muito complexo.</div><div align="justify"><br />
</div>Também não se pode ignorar que um trabalho multidisciplinar e integrado dos vários profissionais de saúde envolvidos nesta patologia promove um maior bem-estar ao doente em toda a complexidade da doença.<br />
Seja solidário até à medula, dê um pouco de si para salvar vidas!<br />
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<a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=e369853df766fa44e1ed0ff613f563bd&id=bf62768ca46b6c3b5bea9515d1a1fc45">Veja aqui uma das nossas sugestões de leitura sobre esta temática...</a><br />
<a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=e369853df766fa44e1ed0ff613f563bd&id=7143d7fbadfa4693b9eec507d9d37443">Outra das nossas sugestões de leitura sobre este tema...</a><br />
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Pode inscrever-se em:<br />
<a href="http://www.apcl.pt/">http://www.apcl.pt/</a>IPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia (www.ipsys.pt)http://www.blogger.com/profile/12099645423208167893noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5801890604017132142.post-32806166461351826272010-10-08T08:04:00.000-07:002011-04-17T02:58:35.924-07:00Regras e Limites – apreender a dizer “Não”Elisabete Condesso<br />
Psicóloga Clínica / Psicoterapeuta / Ludoterapeuta / Formadora<br />
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Parte da tarefa de educar consiste em dizer “não”. A criança precisa de saber quais são as suas regras e limites, de modo a saber distinguir entre o que é certo e errado, entre o bem e o mal. Os adultos devem transmitir à criança directrizes nítidas e inequívocas que a ajudem a estruturar-se do ponto de vista psicológico, pois, caso contrário, ela irá sentir-se angustiada, insegura e desprotegida – é fundamental os adultos assumirem o controlo da situação e mostrar quem cuidam dela.<br />
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Pais (e educadores em geral) devem compreender que a criança, para se tornar num adulto saudável, necessita de apreender a lidar com momentos de frustração, a enfrentar contrariedades, e tem que conhecer os seus limites. Nos momentos de imposição das regras, é natural que a criança manifeste comportamentos de raiva e frustração, o que, em certa medida, deve ser tolerado e compreendido. Contudo, estas manifestações de desagrado da criança não devem servir de desculpa para deixar-se de impor limites à criança. Antes, pelo contrário, elas devem servir para reafirmar o “não” de modo claro e inequívoco.<br />
Em matéria de regras – e educação em geral - a coerência de atitudes entre pai e mãe é fundamental. De um modo geral, é importante que os pais concordem a respeito dos limites a serem impostos, e estejam de acordo e em sintonia quanto às questões fundamentais. Há que evitar de todo situações em que o pai dita uma regra e a mãe anula – ou vice-versa.<br />
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Manter o “não” é assegurar que a regra passa a estar integrada na personalidade da criança. Discutir sobre eventuais divergências em frente à criança, é transmitir-lhe uma imagem de fragilidade e insegurança que não é benéfico para o seu desenvolvimento psicológico. Para a criança é muito confuso quando um dos pais é muito tolerante, deixando para o outro a imposição da disciplina, isto é, reservando-lhe o papel de “mau”. O desenvolvimento desta situação de incoerência entre educadores tenderá a intensificar os episódios em que a criança aceita as regras de um e rejeita as do outro. Não será de estranhar o surgimento de situações em que a criança se comporta de forma correcta na presença do educador mais “rígido” e assuma uma atitude de desafio na presença dos dois.<br />
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Dizer “não” a uma criança traduz-se numa frustração e desgosto perante a contrariedade imposta, embora esta situação seja temporária e a vivência negativa passe ao fim de pouco tempo. Deve-se apreender desde pequeno a lidar com situações de frustração, pois elas permitem desenvolver mecanismos de defesa que ajudam a criança a enfrentar momentos menos agradáveis e a ultrapassá-los. Esta aprendizagem é fundamental para o desenvolvimento harmonioso para a vida adulta e para a estruturação psicológica da criança.<br />
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Por outro lado, há que salientar um outro aspecto positivo. As definições de regras e limites contribuem para a segurança da criança, na medida que funcionam como barreiras. Ela sentir-se-á muito mais segura se souber até onde pode ir, prevenindo eventuais acidentes e perigos. Um outro aspecto positivo prende-se com o facto de estimular a criança a desenvolver e a mobilizar os seus recursos. Cada limite que é colocado, abre uma oportunidade para o desenvolvimento de novas competências. Por exemplo, o facto de interromper uma brincadeira para ir para a cama, é mostrar-lhe que tudo tem um começo, um meio e um fim, e também, que é necessário ter prioridades.<br />
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Os pais e educadores devem consciencializar-se do seu papel educativo, em que a palavra-chave é a comunicação emocional, isto é, devem basear-se no amor, carinho, paciência e optimismo. Devem apreender a ouvir o seu filho(a), não somente o significado das palavras, mas sobretudo entender o que está por detrás delas. Ser mãe ou pai é estar presente nos momentos importantes, mas é também estabelecer limites.<br />
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Os pais devem reprimir as acções incompatíveis, quando necessário, mas não os desejos e emoções, que devem tentar compreender.<br />
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<a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=3295c76acbf4caaed33c36b1b5fc2cb1&id=f3f27a324736617f20abbf2ffd806f6d" target="_blank">Veja aqui a nossa sugestão para formação sobre esta temática...</a><br />
<a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=e369853df766fa44e1ed0ff613f563bd&id=735b90b4568125ed6c3f678819b6e058" target="_blank">Veja aqui a nossa sugestão de leitura sobre esta temática...</a>IPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia (www.ipsys.pt)http://www.blogger.com/profile/12099645423208167893noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5801890604017132142.post-31366013836850927502010-10-08T07:59:00.000-07:002011-04-16T12:26:57.747-07:00Stress, a doença do século ou uma doença moderna?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLYLh5cF6_MtyW87gBobpRPb4EmtEEf8gOhsZg-hE2poZFgeHtNk5owx4Nf2vBS0i_qyugTP-QrDb3jK-i0Yyd7l84B5nzmN0MFMvY_yvYzSmLjme9MCO8CQcF6bRCK0PWeesJjQ2VBI9C/s1600/stress-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLYLh5cF6_MtyW87gBobpRPb4EmtEEf8gOhsZg-hE2poZFgeHtNk5owx4Nf2vBS0i_qyugTP-QrDb3jK-i0Yyd7l84B5nzmN0MFMvY_yvYzSmLjme9MCO8CQcF6bRCK0PWeesJjQ2VBI9C/s1600/stress-1.jpg" /></a></div>Cátia Santos<br />
Psicóloga / Formadora<br />
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O stress é um mecanismo que mobiliza todas as reservas do organismo humano, para proporcionar as energias extras de que necessitamos para enfrentar as dificuldades a que estamos sujeitos. O stress não é uma palavra negativa e, mesmo que o termo seja relativamente moderno, o conceito é tão velho como a existência do Homem na Terra. Sempre existiram mecanismos de defesa contra os problemas ou dificuldades da vida. É a capacidade que o indivíduo tem de reagir a certas agressões que faz com que o stress seja algo positivo, ou seja, um estímulo que estimula o indivíduo a superar as coisas de forma positiva; ou negativo, isto é, quando se encontra numa encruzilhada e o seu organismo bloqueia ao sentir-se ameaçado.<br />
<br />
O stress é um estado específico que se caracteriza por uma série de mudanças no equilíbrio biológico ou psicológico de um indivíduo e que causam uma sensação de perigo iminente.<br />
Para além dos sintomas físicos (cefaleias, cansaço, sonolência, enjoos, diarreia), comportamentais (agitação, adiar tarefas, dificuldade em cumprir prazos, ansiedade, constante preocupação, dificuldade de memória), e emocionais (choro, irritabilidade, tristeza, depressão, baixa auto-estima) que o stress acarreta, há cada vez mais estudos que correlacionam o stress com os problemas de saúde, como a depressão, hipertensão, ataques cardíacos, etc. <br />
<br />
Existem também as pressões internas no indivíduo que podem ser de origem biológica (infecções, dores, traumas físicos e outras doenças) ou psicológica (medo, frustrações, luto) e as externas estão geralmente relacionadas com situações sociais e económicas.<br />
Perante uma situação de stress, o corpo reage, produzindo hormonas, alterando a pressão arterial e o ritmo cardíaco.<br />
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No entanto, o stress pode ser útil até um certo nível, porque faz com que o organismo fique mais atento e preparado para os desafios do meio ambiente. Contudo, acima de um determinado nível o indivíduo torna-se incapaz de se adaptar aos acontecimentos ocorridos, para além da excitação excessiva do sistema nervoso.<br />
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Mas será que podemos ainda assim considerar o stress como uma doença?<br />
O stress não é por si só uma doença médica, pois não satisfaz critérios básicos exigidos para isso. Porém, pode ser, a reacção do indivíduo ao início de uma doença ("stress" como resposta), como a situação desencadeadora de uma doença ("stress" com estímulo). Algumas doenças são famosas por terem o seu início ou agravamento associado ao stress. Um exemplo desse tipo de doença é a asma, muitas vezes relacionada a um stress emocional que antecede as crises. Outros exemplos desse tipo são: a úlcera, a impotência, a infertilidade, a rinite alérgica, os quadros dermatológicos, Etc.<br />
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Cada um de nós pode escolher várias formas saudáveis e positivas para lidar com o stress. Em que o exercício físico, o convívio com amigos, umas férias, ou mesmo psicoterapia, servem como “técnicas” para não desenvolver stress ou mesmo fazer com que este se dissipe. Não esquecer que ter hobbies que nos dão prazer e mesmo o sentido de humor, são contributos bastantes positivos.<br />
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O que também é importante para a redução do stress é a aprendizagem de técnicas de relaxamento, que levam à diminuição da tensão arterial. Outra técnica é aprender a respiração abdominal, que promove o relaxamento: respirar na barriga, de forma lenta e pausada, de maneira a que o peito fique imóvel. Ouvir música e ter uma imaginação de serenidade também é uma forma de relaxamento.<br />
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Em suma, apesar de que para algumas pessoas lidar com situações de stress excessivo possa não ser difícil, outras haverá que necessitam de uma ajuda profissional por forma a que o seu sofrimento seja atenuado. A psicoterapia tem, nestes casos, um papel fundamental.<br />
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<a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=34173cb38f07f89ddbebc2ac9128303f&id=99c5e07b4d5de9d18c350cdf64c5aa3d" target="_blank">Veja aqui a nossa sugestão para formação sobre esta temática...</a><br />
<a href="http://www.ipsys.pt/index.php?lop=conteudo&op=e369853df766fa44e1ed0ff613f563bd&id=a86c450b76fb8c371afead6410d55534" target="_blank">Veja aqui a nossa sugestão de leitura sobre esta temática...</a>IPSY's - Instituto de Psicologia e Neuropsicologia (www.ipsys.pt)http://www.blogger.com/profile/12099645423208167893noreply@blogger.com0